Mulher faz exame de DNA e descobre mãe biológica após 17 anos de buscas
04/02/2025
(Foto: Reprodução) Polícia Civil investiga se Jéssica de Almeida Queiroz Daniel, de 32 anos, foi vítima de adoção ilegal quando recém-nascida. Jovem só descobriu que era adotada aos 15 anos. Jéssica de Almeida Quiroz Daniel descobre mão biológica após 17 anos de buscas.
TV Globo
Uma moradora do Gama, no Distrito Federal, fez um exame de DNA e descobriu sua mãe biológica após 17 anos de buscas. A Polícia Civil investiga se Jéssica de Almeida Quiroz Daniel, de 32 anos, foi vítima de uma adoção ilegal quando recém-nascida.
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Ela conta que só aos 15 anos descobriu que era adotada. Segundo a polícia, tanto a mãe adotiva, moradora do DF, quanto a biológica, moradora da Cidade Ocidental, no Entorno do DF, confessaram a adoção fora dos trâmites legais.
🔎 Adoção irregular: família biológica entrega a criança a outra pessoa, que registra como se fosse sua, sem os trâmites legais da adoção.
A maternidade biológica foi provada na noite de segunda-feira (3), por meio de exames feitos pelo Instituto de Pesquisa de DNA Forense (IPDNA). Jéssica recebeu o laudo na tarde desta terça-feira (4), entregue pelo delegado-chefe da 3° Delegacia de Polícia, Victor Dan, e pelo diretor do IPDNA, Samuel Ferreira.
A Polícia Civil segue investigando como aconteceu a adoção de Jéssica e outras supostas adoções irregulares de filhos da mesma mãe biológica.
Um dos pontos que também será apurado é se a adoção foi por comercialização ou "motivo nobre". A polícia diz que encontrou outras duas pessoas relacionadas ao caso que foram adotadas. Será investigado se elas são irmãs biológicas de Jéssica.
Como Jéssica descobriu adoção ilegal
Jéssica de Almeida Quiroz Daniel fala sobre importância de encotrar suas origens.
Jéssica, que é técnica de enfermagem, conta que só aos 15 anos descobriu que foi adotada.
Enquanto trabalhava no bar da família, um amigo dos parentes questionou se ela sabia quem eram seus pais biológicos. Depois disso, Jéssica começou a questionar sua família afetiva sobre uma possível adoção;
A mãe afetiva confessou que adotou Jéssica recém-nascida, foi quando ela passou a procurar sua mãe biológica.
Em 2023, Jéssica compartilhou sua história e uma rede social. Uma mulher comentou na sua postagem que ela deveria tentar usar uma plataforma de "ancestralidade", onde as pessoas podem fazer exames de DNA e encontrar parentes. Jéssica fez o exame e compartilhou seus dados com outras plataformas.
Em uma das plataformas, Jéssica encontrou uma prima biológica, que mora nos Estados Unidos. Em contato por mensagens, a prima apontou o nome de uma tia, que acreditava ser a mãe biológica.
Em 2024, Jéssica procurou a Polícia Civil e fez um boletim de ocorrência. Ela conseguiu contato com a possível mãe biológica, por mensagem, que concordou em fazer o teste de DNA. O IPDNA realizou os testes e confirmou que a mulher é a mãe biológica de Jéssica.
"Pegar o resultado hoje é como se a ficha ainda não tivesse caído", diz Jéssica.
Investigação sobre a adoção irregular
Jéssica de Almeida Quiroz Daniel recebe laudo do diretor do IPDNA, Samuel Ferreira, e do delegado Victor Dan.
TV Globo
A possibilidade investigada pela polícia é que, em 23 de abril de 1992, após o parto de Jéssica em um hospital público na Asa Norte, um casal conduziu mãe biológica para um apartamento na Asa Sul.
No local, a mãe biológica teria deixado a filha com outro casal, que entregou a criança para a mãe afetiva. Logo, as duas mães não tiveram contato para a adoção.
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